sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Desenvolvendo habilidades para leitura e apreciação das Artes visuais

Em geral, todos nós somos capazes de entender e gostar de arte. Entretanto, algumas habilidades podem ser desenvolvidas para que nosso aproveitamento seja ainda mais significativo. São elas a observação, a memorização, a análise e síntese, a orientação espacial e o sentido de dimensão, o pensamento lógico e o pensamento criativo.
Para desenvolver a observação devemos olhar com interesse dirigido, examinar com detalhes, focalizar a atenção, concentrar o pensamento e os sentidos com vontade de ver, de aprender, de perceber os detalhes significativos.

Experimente!



Para desenvolver a memorização é necessário observar e registrar com precisão aquilo que foi observado, de modo que, após algum tempo, seja possível relembrar o que foi visto.
Experimente!



De uma percepção mais geral, o analista segue para a decomposição das partes do objeto observado. Cores, formas, linhas, espaços, tamanho, textura, composição, luminosidade, enfim,todos esses aspectos analisados chegam a uma conclusão que denominamos síntese.

Experimente!
No primeiro olhar o que você vê?
Agora, analise com atenção. As aparências enganam!



















domingo, 16 de agosto de 2009

Falando sobre Arte... Mandalas

Mandala é uma imagem organizada ao redor de um ponto central. O ponto simboliza a unidade, a totalidade, a perfeição, sendo por isso em quase todas as culturas e épocas, um símbolo de Deus. Em todas as épocas, os homens criaram mandalas: planos de cidades, decoração de armas, jóias, estamparias, rosáceas de catedrais. Nas sociedades primitivas, o ciclo cósmico, que tinha a imagem de uma trajetória circular (circunferência), era identificado como o ano. O simbolismo da santidade e eternidade do templo aparece claramente na estrutura mandálica dos santuários de todas as épocas e civilizações.Em termos de artes plásticas, a mandala apresenta sempre grande profusão de cores e representa um objeto ou figura que ajuda na concentração para se atingir outros níveis de contemplação. Há toda uma simbologia envolvida e uma grande variedade de desenhos de acordo com a origem.Originalmente as mandalas eram feitas com giz. Atualmente são feitas com areia colorida e outros materiais. Podemos ver mandalas na arte rupestre, no símbolo chinês do Yin e Yang, nos yantras indianos, nas mandalas e thankas tibetanas, nas rosáceas da Catedral de Chartres, nas danças circulares, nos rituais de cura e arte indígenas, na alquimia, na magia, nos escritos herméticos e na arte sacra dos séculos XVI, VII e XVIII. A forma mandálica pode ser encontrada em todo início, na Terra e no Cosmo: a célula, o embrião, as sementes, o caule das árvores, as flores, os cristais, as conchas, as estrelas, os planetas, o Sol, a Lua, as nebulosas, as galáxias.
A mandala pode ser utilizada na decoração de ambientes, na arquitetura, ou como instrumento para o desenvolvimento pessoal e espiritual. A catedral de Brasília, assim como outras catedrais, usa a mandala para criar um ambiente sagrado e especial, muitos templos usam a geometria sagrada e a forma circular para fazerem suas construções e, assim, formarem uma aura protetora e especial no lugar.

Mandalas para colorir




sábado, 15 de agosto de 2009

Falando em Arte...Restauração

Denominamos Patrimônio Cultural ao conjunto de bens culturais de valor reconhecido para um determinado grupo ou para toda a humanidade. Esses bens culturais estão divididos em duas categorias:
. Bens intangíveis (idéias, costumes, crenças, tradição oral, danças folclóricas, etc.)
. Bens tangíveis móveis (objetos de arte, livros, documentos, objetos litúrgicos, fósseis, etc.) e bens tangíveis imóveis (murais, monumentos, edifícios, templos, sítios arqueológicos, etc.)
Restaurar e preservar o Patrimônio Cultural tem importância fundamental para o desenvolvimento e enriquecimento cultural de um povo. Os bens culturais guardam informações, significados, mensagens, registros da história humana - refletem idéias, crenças, costumes, gosto estético, conhecimento tecnológico, condições sociais, econômicas e políticas de um grupo em determinada época.
A restauração de bens culturais engloba uma série de procedimentos, técnicas e operações. Antigamente, esse trabalho era realizado, em geral, por artistas leigos ou por pessoas com "habilidades manuais" e essa prática gerou danos, por vezes, irreparáveis!
Atualmente, no entanto, cabe aos restauradores essa tarefa. São profissionais especializados que respeitam a autenticidade da obra e seguem um roteiro rígido e bem definido. Primeiramente é realizada uma pesquisa sobre a obra, a época em que foi criada e o material utilizado pelo artista.Em seguida, é feita a limpeza da obra. Só então, é efetuada a restauração.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

IV. Arte na Roma Antiga

O Império Romano foi uma sociedade extraordinariamente aberta e cosmopolita, que absorveu os traços regionais num modelo comum totalmente romano, homogêneo e diversificado ao mesmo tempo. Graças a um vasto legado literário, hoje temos a possibilidade de traçar a história da civilização romana com riqueza de detalhes.
Os romanos eram grandes admiradores da arte grega de todos os tipos e períodos. Não só importavam milhares de originais de épocas anteriores e deles faziam um número ainda maior de cópias, como também as suas próprias criações eram baseadas em fontes gregas. Por essa razão, a autonomia e originalidade da pintura e da escultura romana são questionáveis. A estatuária romana tem o realismo como principal característica. Eles realizaram trabalhos em pedra, mármore, bronze e madeira. Os baixo-relevos foram muito usados pelos escultores em função da história de seu povo e de celebrações dos atos.
Paralelamente aos afrescos (pinturas realizadas em paredes) ocorreu outra forma artística: o mosaico. Além de servir como piso, nas casas, durante todo o período imperial, foi usado nas paredes.
Os romanos copiaram muito da arte de pintar dos gregos. Eles usaram o claro e o escuro com finalidades plásticas e abusaram da expressividade dos gestos das figuras.
O mesmo não acontece com sua arquitetura. Considerada pelos romanos a “arte mãe”, era dotada de uma grande proeza criativa e inventiva. Desde o primeiro instante, refletiu uma forma exclusivamente romana de vida pública e privada. Os romanos aprenderam muito com os etruscos. De acordo com os escritores romanos, os etruscos foram mestres de engenharia arquitetônica, de planejamento urbano e agrimensura. Muito pouco restou desta arquitetura inicial, mas informações coletadas em escavações recentes mostram que os etruscos eram realmente construtores altamente habilidosos. Talvez a maior herança desse legado etrusco tenha sido o arco de plena volta. Não se pode pensar no desenvolvimento da capital romana sem o arco e o sistema de construção de abóbodas que dele se origina.
Os romanos construíram estradas, viadutos, aquedutos, sistemas de esgoto, fóruns, basílicas, termas, teatros, anfiteatros, circos, templos, arcos e colunas. Tudo era voltado para uma maior organização pública, não só para manter melhor o controle político e melhoras as rotas comerciais, mas também para demonstrar sua superioridade.
As cidades eram coligadas por uma vasta rede de estradas calçadas, com enormes pedras polidas, visíveis ainda hoje na Via Apia, em Roma.
Os romanos são responsáveis por uma das maiores construções do mundo - o Coliseu. Um anfiteatro enorme no centro da velha cidade, que podia acomodar cinqüenta mil espectadores. Outra construção grandiosa é o Panteão. Templo circular e enorme, dedicado a todos os deuses.































quinta-feira, 30 de julho de 2009

Atividades para o Ano 6

1. Atividades em grupo

Dividindo a turma em pequenos grupos podemos realizar painéis aplicando várias técnicas.
Por exemplo, em nosso primeiro trabalho fizemos pinturas impressionistas.
Primeiramente, cada grupo escolheu o tema a ser desenvolvido e o esboçou à lápis.
Em seguida, os alunos iniciaram a pintura de acordo com as características do movimento impressionista, ou seja, as cores eram misturadas diretamente no papel através de pinceladas rápida s e vibrantes.
Foi uma experência maravilhosa!! Todos participaram com empenho.
Após a secagem, os trabalhos foram utilizados na decoração das salas.
Confira as fotos!






Nosso segundo trabalho também foi muito interessante. Confeccionamos mosaicos.
Mais uma vez os grupos foram formados, escolheram o tema que iriam desenvolver e traçaram um esboço.
Em seguida, todas as linhas da composição foram revestidas com barbante. Só então, os papéis coloridos foram recortados e colados preenchendo todo o plano do papel.
Veja o resultado:
















































































































































sábado, 14 de março de 2009

VI. Iluminuras

Antes da invenção da imprensa, no século XV, os livros eram copiados à mão. Pinturas a cores representavam pequenas figuras, flores, ornamentos, em miniatura, adornavam as letras capitais e outras partes de livros e pergaminhos. Esse tipo de pintura recebeu o nome de iluminura. Durante a Idade Média, miniaturas e iluminuras dos manuscritos medievais traziam frequentemente referências às cenas bíblicas, além de temas profanos.
A princípio, os termos "miniatura" e "iluminura" são sinônimos. Entretanto, existem diferenças entre esses tipos de ilustração. A primeira é considerada uma técnica mais restrita em comparação à segunda e caracteriza-se por ornamentos simples e letras de fantasia, desenhados com tinta vermelha. Já a iluminura apresenta uma maior variedade de cores.
No período Bizantino, artistas empregavam letras de ouro nas ilustrações mais luxuosas. A cor vermelha, amplamente empregada inicialmente nas miniaturas, foi aos poucos sendo substituída pelo azul claro e tonalidades prateadas e douradas.
No período românico, os livros contendo manuscritos eram geralmente consumidos entre as comunidades religiosas e, no período das catedrais góticas, foram difundidos entre a realeza e a burguesia. Haviam ainda as Bíblias moralizadas, que continham passagens dos Testamentos e eram executadas por oficinas de miniaturistas especializadas nesta modalidade artística.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

III. A arte na Grécia

Dos povos da Antiguidade, os que apresentaram uma produção mais livre foram os gregos. Eles valorizaram especialmente as ações humanas, na certeza de que o homem era a criatura mais importante do universo.
A arte grega se caracteriza por uma procura contínua da proporção, harmonia, simetria e equilíbrio entre as partes, ou seja, a busca do belo.
Os gregos edificaram monumentos, templos ,teatros, casas e estádios. Eles utilizaram diferentes materiais como a pedra calcária, a madeira, a cerâmica e o mármore.
Suas colunas obedeciam a três ordens: a dórica, a jônica e a coríntia.
A Ordem dórica é a mais antiga. Ela tem um capitel caracterizado por elementos geométricos essenciais. Ela era simples, sóbria, maciça, pura e funcional.
A Ordem jônica era representada por um capitel mais trabalhado e elegante, com duas volutas em forma de espiral. Ela era elegante, esbelta, delicada e luxuosa.
A Ordem coríntia foi a mistura da arte dórica com a jônica. Possuía um capitel com elementos decorativos de grande efeito inspirados na sinuosidade das folhas de acanto, uma planta rústica que cresce espontaneamente.
O mais famoso dos templos gregos é o Partenon. Projetado por Fídias ele era todo de mámore, possuía 69,54 m de comprimento por 30,87 m de largura, com colunas de altura superior a 10 m.
A escultura grega, a princípio, foi parte da arquitetura. Os gregos esculpiram em pedra, marfim, bronze, madeira e cerâmica. As esculturam representavam heroísmo, racionalidade, frieza e dignidade.
Os gregos pintaram painéis, paredes(afrescos) e vasos. As pinturas em vasos variam muito de formato durante a história. Haviam vasos em forma de ânfora e de hídria, ambos armazenavam vinho, azeite e cereais. Esses vasos eram preparados com argila. A peça era moldada, em partes separadas, depois de secas eram unidas com argila líquida, só depois a pintura era efetuada, para finalmente ser levada ao fogo.
O tema das pinturas era a figura humana ou cenas mitológicas e religiosas.
Os gregos também foram grandes apreciadores do teatro e da música. A palavra música vem do grego mousike, em homenagem às nove musas que eram as deusas da inspiração. Os atores atuavam usando máscaras(personas) e sapatos com plataforma. A orquestra ficava no centro do teatro em solo de terra batida. As peças só eram apresentadas durante dez dias. Os gregos estudaram os fenômenos acústicos, de forma que a voz dos atores pudesse ser ouvida com clareza por todos que lhes assistissem.
Além da arquitetura, da escultura e da pintura, os gregos trabalharam a arte da ourivesaria. Fizeram belíssimas jóias, foram encontrados braceletes, colares, diademas e alfinetes. Eles incrustavam jóias, utilizando pedras como ornamentos.

http://www.youtube.com/watch?v=cyvNgDMZEdw
http://www.youtube.com/watch?v=Hayj41oSjAw
http://www.youtube.com/watch?v=NzGzjqb2p5c
















quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

II. A Arte no Egito Antigo

Bastante complexa em sua organização social e muito rica em suas realizações culturais a civilização egípcia estava intimamente ligada a religião. Eles acreditavam numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente. Por esse motivo a arte egípcia concretizou-se, desde o início, nos túmulos, nas estatuetas e nos vasos deixados junto aos mortos.
A sociedade egípcia possuía uma estrutura bem definida. De um lado estavam os faraós cercados por nobres e sacerdotes. De outro, os comerciantes, artesãos e camponeses. E numa situação marginalizada, estavam os escravos, parte significativa da população.
Os egípcios foram arquitetos notáveis. Eles construíram templos, túmulos, palácios, obeliscos, avenidas, esfinges, colunas e monumentos. Os templos eram construídos para abrigar os deuses. Em seus interiores eram encontradas representações de cenas de rituais funerários e estátuas de deuses. Além dos templos, ganharam destaque os obeliscos, que eram monumentos em forma de agulha, feitos de um único bloco de granito. A base quadrada ganha altura e termina em ponta de quatro faces. Nas faces dos obeliscos e dos templos, aparecem incisões da escrita sagrada egípcia - os hieróglifos. As esfinges eram imponentes construções. Possuíam o rosto do faraó e o corpo do leão.A arte egípcia serviu de veículo para a difusão dos preceitos e crenças religiosas. Ela era muito padronizada e não possibilitava que houvesse uma interpretação pessoal. Os artistas egípcios froram criadores de uma arte anônima, pois a obra deveria revelar o domínio da técnica de execução e não o estilo do artista.
Na pintura e nos baixos relevos haviam muitas regras, dentre elas a lei da frontalidade. Essa lei determina que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, pernas e pés fossem representados de perfil. Nas figuras humanas os olhos aparecem alargados como se contemplassem algo de perfil, porém, o contorno fechado, como se estivessem olhando de frente.
As pinturas representavam cenas de caça e pesca, festas com músicos e bailarinos, trabalhos agrícolas nas diferentes estações do ano e opulentos rituais. A figura do chefe era maior que as figuras dos demais para representar sua autoridade.
A escultura egípcia desenvolveu uma expressividade que surpreende o observador.
A estátua revela dados particulares do retratado. Um bom exemplo disso é a imagem de um escriba, representado no gesto típico de sua função. Os faraós acreditavam na imortalidade através da imagem. Assim, faraós, escribas, funcionários do Estado, sacerdotes e deuses foram esculpidos de formas monumentais. O escultor egípcio tinha o dever de "manter viva", por meio de seus trabalhos, a figura a ele requisitada.
As estátuas eram feitas de granito, bronze, ouro, cobre e madeira.
A escrita egípcia era feita em papiro - planta que com a casca se faziam cestos, esteiras e até tangas para os menos favorecidos. Arrancando-se a casca, o papiro era transformado em folhas para escrever. As letras do alfabeto, os hieróglifos(escrita sagrada), foi um sistema de escrita feita através de imagens. Eles utilizavam centenas de sinais. Um desenho podia representar uma ou mais letras ou até uma palavra.
Após a morte de Ramsés II, o poder real tornou-se muito fraco. O Egito foi invadido sucessivamente pelos etíopes, persas, gregos e romanos. Essa invasões foram aos poucos desorganizando a sociedade egípcia e sua arte foi perdendo suas características e refletindo a própria crise política do Império.



Ilustrações para colorir: