domingo, 11 de abril de 2010

VIII.Neoimpressionismo

Em 1886, realizou-se a última exposição coletiva do grupo de artistas impressionistas.
Dessa exposição participaram dois pintores que dariam uma nova tendência ao movimento Georges Seurat e Paul Signac.
Basicamente, o trabalho desses dois artistas aprofundou as pesquisas que os impressionistas realizavam quanto a percepção óptica. Seurat acabou reduzindo as pinceladas a um sistema de pontos uniformes que, no conjunto, davam ao observador a percepção de uma cena.
As figuras, na tela, eram representadas em minúsculos fragmentos ou pontos, cabendo ao observador percebê-las como um todo plenamente organizado. Por essa razão, a técnica foi chamada de Pontilhismo ou Divisionismo.
 Esta técnica baseia-se na lei das cores complementares, avanço científico impulsionado no século XIX, pelo químico Michel Chevreul. Trata-se de uma consequência extrema dos supostos ensinamentos dos impressionistas, segundo os quais as cores deviam ser justapostas e não mescladas, deixando à retina a tarefa de reconstruir o tom desejado pelo pintor, combinando as diversas impressões registradas.
No Brasil, diversos artistas atuantes no período da Primeira República (1889-1930), empregaram procedimentos divisionistas, especialmente em suas paisagens e pinturas decorativas. Entre outros podemos destacar, Belmiro de Almeida, Eliseu Visconti, Rodolfo Chambelland, Artur Timóteo da Costa e Guttmann Bicho. O painel central do teto do foyer do Theatro Municipal do Rio de Janeiro é um exemplo de pintura decorativa onde Eliseu Visconti empregou vários estilos e procedimentos artísticos, inclusive o pontilhismo.





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